terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Projeto Capoeira Especial



 CAPOEIRA ESPECIAL
 Arte que encanta | APAE Rio Branco (AC)  
  • Projeto em andamento 
  • APAE Rio Branco
  • Toda segunda e sexta-feira | Manhã e tarde   


A Capoeira na APAE existe desde 2005. A iniciativa teve início através de um programa do Governo do Estado do Acre, que teve a duração de um ano. Os recursos disponibilizados nesse período garantiram o pagamento do instrutor e a aquisição de uniformes. Percebendo a importância que as aulas de capoeira ganharam na vida de cada aluno especial, Mestre Arrepiado decidiu abraçar a causa e dar continuidade voluntariamente, sem ter apoio financeiro garantido.

V Batizado Capoeira Especial 2010 na Usina de Artes.

Passou a realizar aulas de capoeira em dois turnos, atendendo a cerca de 100 alunos, três vezes na semana. Os benefícios da capoeira foram estudados por Mestre Arrepiado, praticante da arte há 24 anos e membro da Associação de Capoeira Cordão de Ouro. Há 7 anos Mestre Arrepiado desenvolve trabalho com alunos especiais e explica que a atividade é capaz de ajudar na construção da personalidade. “A gente trabalha com a autonomia. Estimulamos o aluno a desenvolver segurança para conseguir ser independente”. Os pais costumam superproteger ou isolar os filhos, essa atitude além de afetar na vida social, gera reflexos na qualidade de vida, pois costumam praticar menos exercícios. “Eles têm tendência a desenvolver doenças degenerativas, como diabetes, obesidade, o que gera outras doenças como a hipertensão. E a atividade física, no caso a capoeira, é capaz de melhorar ou manter a qualidade de vida deles”.

O Projeto de Escolinha “Capoeira Especial – Arte que Encanta” já tem sete anos de existência, sempre com o apoio financeiro das Leis de Incentivo a Cultura para sua continuidade, obtenção e manutenção de materiais essenciais para realização deste trabalho. Todos os anos são realizados os Batizados de Capoeira, uma culminância voltada para o resgate do aprendizado obtido durante o ano, associando valores da arte luta com o lado artístico cultural dos praticantes.

Está claro também para as famílias e para os profissionais da APAE que a capoeira traz benefícios diretos para os alunos especiais. Isso pode ser percebido na evolução nos estudos, no aumento da capacidade e da velocidade de aprendizado, no aumento da sociabilidade, além dos aspectos físicos, como a melhoria da coordenação motora, e da flexibilidade, por exemplo, tornando-se uma forte aliada da instituição.

As dificuldades são muitas, mas os resultados são recompensadores. Em suma, esse projeto cultural tem encantado a todos que o conhecem. É um trabalho realizado sob a perspectiva da inclusão, ajudando os alunos especiais no seu desenvolvimento psicomotor, equilíbrio, afetividade e socialização. Os participantes descobrem suas qualidades, especialidades, fortalecem os laços de amizades e elevam sua auto-estima, ao perceberem que são capazes. Este trabalho vem ganhando credibilidade em nossa sociedade por sua seriedade e compromisso com o público especial.

Projeto Capoeira na Floresta



 CAPOEIRA NA FLORESTA
  • Projeto em andamento 
  • Escola Mauricília Santana | Ramal do Benfica | Km 03
  • Toda terça e quinta-feira | Manhã e tarde   


Entrega de uniformes e instrumentos na Escola Mauricília Santana.
O trabalho com a Capoeira na Escola de Ensino Fundamental Mauricília Santana intitulado “Capoeira na Floresta”, acontece de forma voluntária desde no ano de 2007 por iniciativa do Professor Josiel (Grupo Cordão de Ouro – Eu Sou).

Há cinco anos o trabalho com a capoeira na comunidade do ramal Benfica vem crescendo e se tornando uma referência de prática de atividade desportiva no local. Com a supervisão de Mestre Arrepiado, Professor Josiel percebeu a importância e os benefícios que a capoeira proporcionou a comunidade e no ano de 2011, realizou o I Batizado Capoeira na Floresta, com o apoio do Fundo Municipal de Cultura.

A comunidade é carente de ações deste tipo. Existem muitas crianças em idade escolar e que têm a necessidade da prática esportiva. Por sua experiência com projetos de inclusão, sabe o quanto faz diferença dar aulas regulares para o público desta faixa etária, pois ela irá contribuir de forma profunda e definitiva em suas vidas, por carregar valores imensuráveis de bem estar e saúde. A capoeira trabalha outros valores como respeito mútuo, a disciplina, a higiene, bons hábitos alimentares, além de manter os praticantes longe das drogas. A capoeira também ensina, o respeito pelas tradições afro-brasileiras, suas histórias e seus costumes.

Esta ação já se consolidou, as aulas de capoeira têm um público cativo de 100 alunos, fortalecendo o trabalho de inclusão social que a capoeira vem exercendo dentro da Escola Mauricília Santana. O professor Fraldinha (Josiel), merece nosso respeito enquanto profissional de capoeira, por levar a cultura afro-brasileira para as escolas e contribuir para uma melhor qualidade de vida das crianças e jovens da comunidade do Ramal Benfica.

Um pouco de história...

Mestre Arrepiado no Capoeirando 2013. Crédito da foto: Roger Spock

Em meados da década de 80 chegam ao município de Rio Branco grupos de capoeira organizados, e com eles um sonho, o de oferecer aulas de capoeira para a comunidade rio-branquense. Projetos sociais são lançados com o incentivo da prefeitura.

Um garoto chamado Everton Silva Leodegário, na época com 6 anos de idade, se interessa pela arte-luta e é convidado por seus primos a fazer uma aula no Rio Branco Futebol Clube, em 1987. Seu professor era Arlúcio, formado de mestre Rodolfo, um dos percussores da capoeira no Acre. Treinou com Profº Arlúcio durante três anos. No ano de 1990, em um “pó de serra” onde treinava saltos, conheceu Mestre Xandão (formado de Mestre Mato Grosso do grupo Conceição da Praia) onde foi convidado para treinar com ele como bolsista no condomínio Monterrey, onde o Mestre tinha um trabalho com as crianças.

Mestre Xandão cativou uma grande amizade com o menino que agora se chama “arrepiado”. Nos anos seguintes, Arrepiado foi se graduando no grupo até se tornar instrutor. Em 1994, aos 13 anos, começou a dar aulas de capoeira na Universidade Federal do Acre para acadêmicos em geral, no pavilhão de Educação Física. Participou dos Jogos Escolares (Jebs) e fez muitas viagens de treinamento representando a capoeira de nosso Estado. Trabalhou muito como educador social no Clube do Talento, no Projeto Beija Flor e também com trabalhos voluntários, como seus projetos “Capoeira na Gameleira” e a “Capoeira na APAE”.

Aos 29 anos, Arrepiado tornou-se Mestre de Capoeira em 2010, pelo Grupo Cordão de Ouro e atualmente realiza um trabalho na escola APAE, que já tem a duração de 7 anos. É um militante da cultura acreana, participando de todos os movimentos culturais do Estado.

Este ano, 2013, recebeu, no Capoeirando, a graduação de Mestre 2° Grau do Grupo Cordão de Ouro das mãos do Mestre Suassuna.

Capoeira e inclusão social

O vídeo a seguir é um pequeno registro das atividades do Mestre Arrepiado e o Grupo Cordão de Ouro em Rio Branco (Acre). Trata-se de uma produção que mostra a atuação da capoeira como instrumento educacional através de projetos de inclusão social.



Para acessar mais vídeos visite a Página do Youtube do Mestre Arrepiado.